Lançamento: 2013
Estúdio: Bridge
Número de episódios: 13
Para ver online:
Para mais informações sobre a série:
Resumo:
Hibiki
Kuze e Daichi Shijima são dois amigos e estudantes colegiais de
Tóquio. Após um dia de provas e exames, Daichi mostra a Hibiki um
aplicativo pra celular, chamado Nicaea, que envia um “vídeo da
morte” de seu amigo. Ao esperar o trem dentro da estação, os dois
amigos recebem o vídeo da morte de cada um, e a partir daí coisas
estranhas começam a acontecer, como demônios que são invocados
através do misterioso aplicativo. Cabe a eles duas opções: morrer ou sobreviver.
Aviso!
A partir daqui não leia se não quiser ver spoilers!
Contém informações sobre o jogo
Avaliação
geral:
7,2 - ótimo
Animação: 8,0
Roteiro: 6,0
Músicas: 7,5
Comentários:
Agora
que o anime acabou, resolvi fazer uma resenha geral a respeito dele. Antes tava com a ideia de comentar episódio por episódio,
mas teria que rever um por um e achei melhor não. Já estou com o
mangá de Prince of Tennis
pra ir comentando, então vai um
apanhado geral do que eu achei do anime como um todo. Pretendo fazer
isso pra outros animes que for assistir, então fiquem de olho. XD
Primeiramente,
gostei muito da animação e do toque “sombrio” que deram pro
anime, acho que combinou bastante com a série e deixou a situação
que os personagens estavam vivenciando mais realista. No jogo para
DS, existem muitas situações cômicas e aí você para pra pensar:
“bem, o mundo tá acabando, os personagens podem morrer a
qualquer momento e ainda assim eles acham tempo pra esses momentos de
piada e non-sense?” Pois é. O
anime teve essa preocupação de não colocar tantas cenas cômicas,
tanto é que as mesmas quase não estavam presentes.
Gosto
muito da abertura e do encerramento, achei ambas muito bem feitas e o
lance do encerramento de não mostrar mais os personagens que já
morreram ficou interessante. Aliás, uma coisa que me pegou de
surpresa foi o lance das mortes dos personagens, já que praticamente
quase todo mundo morre (ou desaparece, no caso do Daichi e da Io). No
jogo você tem a opção de salvar os personagens ou deixá-los
morrer (se chegar atrasado no local da batalha ou deixar de cumprir
algum requisito). Sinceramente eu achei que iam seguir um pouco mais
à risca o game, mas depois que vi a primeira morte (Keita figurante)
percebi que não seria bem assim. Se não me engano, a versão anime
segue o mangá, mas não sei até que ponto eles seguem à risca.
Quanto
a personagens, o desenvolvimento dos mesmos ficou muito fraco, com
exceção do Hibiki (ainda que seu passado tenha sido mostrado só
nos últimos episódios), Yamato e Alcor. Dos
três, o que mais gostei nessa versão animada foi o Alcor, achei
legal os seus questionamentos e o lance do café com açúcar ficou
interessante. Fora mostrar sua relação com o Yamato.
Não
gostei do Yamato, achei ele muito overpower. Tenho um problema pra
gostar de personagem que tem poderes ilimitados e sem nenhuma
fraqueza, poxa você é um ser humano! Tem que ter alguma fraqueza
escondida nesse seu coração de ferro aí, Yamato. E não é o que é
mostrado no anime, o Yamato é o senhor todo poderoso soufodaesoudeus
que pode (pasmem) derrotar um Septentrion sozinho e sair só com uns
arranhãozinhos no busto. Quem viu o episódio 12 sabe do que estou
falando. Já que ele tem tanto poder assim, porque ele mesmo não deu
conta de todos os Septentriones? Precisava usar (e descartar) todos
os personagens pra atingir sua meta, que era conseguir chegar até
Polaris e mudar a ordem do mundo? Só por essa ele já caiu no meu
conceito.
Um
personagem que teve um desenvolvimento lerdo foi Hibiki. Primeiro,
porque ninguém sabia de onde vinha a força de vontade dele de
querer lutar a qualquer custo pelos seus amigos ou por pessoas que
ele mal conheceu no episódio. A explicação só vem no episódio 11
(se não falha minha memória) e convenhamos, colocar o passado do
protagonista nos últimos episódios é de doer na alma
de qualquer roteirista decente. Primeiro, pra conseguir um vínculo
do leitor com o personagem, você ou faz um personagem carismático
(coisa que sinceramente não consegui ver no Hibiki- desculpem as
fãs) ou você coloca o passado dele, mostra alguma dificuldade,
enfim...tenta criar um elo de identificação com o leitor a partir
disto. E esse passado só é mostrado quase no fim da série e nisso
você já tem uma opinião formada a respeito do personagem.
Quanto
ao resto dos personagens: como são 13 episódios, mostrar um pouco
de cada personagem ficou complicado, mas acho que eles poderiam ter
feito melhor do que apenas ter mostrado algumas cenas com eles.
Dentre
os personagens de “apoio”, destaco aqui o Daichi. Mas sou meio
suspeita pra falar porque é um dos meus personagens preferidos no
jogo. O Daichi é aquele típico adolescente que não tá nem aí pra
nada, é o mais covarde dos personagens que enfrentam os
Septentriones, é o que tinha os piores demônios no anime,
mas que conseguiu mostrar um pouco de desenvolvimento quando invocou
um dos demônios mais fortes do jogo. Também achei legal a cena que
ele discute contra o Yamato (acho que era o episódio 10) quando eles
descobrem que vão usar a Io pra invocar um demônio e
consequentemente, que a garota morreria no processo. Tudo bem que
esperava mais do personagem neste episódio, mas só de ver o
episódio seguinte com ele invocando o Black Frost já alegrou meu
dia soufangirlenãonego.
Quanto
ao final, ficou aquela coisa bem “happy ending”, apesar de que
estava esperando um final meio trágico por causa do rumo que os
episódios estavam levando. Destaco aqui a resposta que Hibiki deu
pra pergunta “O que significa
viver?” O personagem
responde que “viver é fazer escolhas”. E
é bem isso, nós temos que fazer escolhas desde que viemos ao mundo.
Muito do que nós somos hoje é resultado de uma série de escolhas
que fazemos ao longo de nossas vidas, e é isso que faz com que você
seja diferente de seu amigo e por aí vai.
Outra
coisa que eu gostei no último capítulo foi ver os demônios dos
outros personagens sendo invocados pelo Hibiki (realmente não
esperava isso), mas ainda assim não sei como raios ele conseguiu
aprender a fundir tão rápido os demônios, já que no jogo não
é só pegar os demônios e pronto, tem que ver a compatibilidade
deles. Fora isso, a luta final entre Hibiki e Yamato foi muito rápida
e achei que Polaris iria aparecer depois. Gostei do lance meio dejá
vu do primeiro capítulo, mostrando as cenas do primeiro episódio e
algumas mudanças, como o fato de Hibiki e Daichi já conversarem com
a Io na estação e o aparelho da morte ser um aplicativo fofinho.
Não gostei muito do fato de Hibiki acabar se lembrando de tudo que
aconteceu na série, seria mais interessante ele ter alguns lapsos de
memória, mas não saber da onde eles vieram. E aquele choro no final
(depois que ele vê o Yamato saindo de carro) foi muito estranho,
acho que não precisava daquilo.
Bem, de resto é isso. É um anime legal de se ver, mas não esperem muito dele. Dá pra se entreter e dar umas risadas, ainda que bem poucas. Mas não esperem questões muito filosóficas (tirando o último episódio) ou algo que vá mudar sua vida, foi um anime médio pra mim. Eu comecei gostando muito do anime no começo, mas da metade em diante já não achei tão empolgante assim, princjpalmente por causa do mal desenvolvimento dos personagens. Talvez por já ter jogado a versão pra DS não tenha me empolgado tanto assim com o anime, porque vira e mexe é inevitável fazer as comparações. Se puderem, joguem o jogo para DS que é muito bom, mas ainda assim em termos de roteiro, prefiro seu antecessor (Devil Survivor 1 ou só Devil Survivor).
Nenhum comentário:
Postar um comentário